Homens são Vítimas de Golpe e Extorsão Após Lei Antigay na Nigeria
A Nigéria, país localizado na África Ocidental, recentemente passou uma lei que criminaliza pessoas que são LGBT+. O que começou como um meio de criminalizar a expressão e os relacionamentos LGBTQ+ na Nigéria, acabou virando um golpe em que homens heterossexuais são vítimas.
O golpe consiste em extorquir dinheiro de homens heterossexuais usando a aprovação da lei antigay como um meio de chantagem. Esta prática, conhecida como “Oito Mil”, vem de oito mil nairas, cerca de 25 dólares, que os agressores dizem serem uma taxa para a liberação do homem. Alguns dos golpistas chegam a pedir cerca de 25 mil nairas ou mais.
A “Oito Mil” começou em Lagos, capital da Nigéria, onde as vítimas relatam que agressores mascarados usando uniformes policiais ou se passando por membros da Força-Tarefa da Cidade estão abordando homens, acusando-os de serem gays e registrando seus números de telefone.
Esses golpistas usam as informações obtidas para ligar para as vítimas e ameaçar-las com a recente lei antigay. Eles dizem às vítimas que eles podem ser presos e condenados à prisão se não pagarem a “Oito Mil”.
Felizmente, o governo da Nigéria e as autoridades policiais locais estão atentos à esta prática e tomaram medidas para parar os golpistas. Uma campanha lançada pelas autoridades policiais alertou os cidadãos sobre o golpe e lhes disse para não pagar a taxa. As autoridades policiais também estão prendendo os suspeitos e processando-os.
No entanto, a lei antigay da Nigéria criou um ambiente de medo para pessoas LGBTQ+ e aqueles que são suspeitos de serem. A lei também abriu as portas para que os golpistas aproveitem a situação e se aproveitem daqueles que não estão familiarizados com as leis antigay e o meio pelo qual elas são impostas.
Esta lei e seus efeitos colaterais mostram que a discriminação não tem limites. Não importa o quanto uma lei pode tentar proteger os direitos de um grupo específico, ela pode também criar um ambiente de medo e sofrimento para aqueles que estão envolvidos. É fundamental que todos possam ter acesso a informações detalhadas a respeito de leis e direitos, para que possam se proteger de qualquer tipo de agressão ou golpe.
O recente golpe de extorsão na Nigéria é prova viva de que a discriminação baseada na orientação sexual e identidade de gênero não só cria um ambiente de medo para aqueles que são LGBTQ+, mas também pode, às vezes, prejudicar outros grupos. É imperativo que todos nos comprometamos a combater a discriminação em todas as suas formas, seja na Nigéria ou em qualquer outro lugar. Essa é a única maneira de assegurar que todos tenham acesso aos direitos e liberdades humanas fundamentais que todos merecem.