Com classificação a partir de 16 anos e atividades gratuitas, a primeira edição do Festival em Movimento – Rio de Janeiro está com inscrições abertas pela Plataforma Sympla. A estreia será dia 4 de julho próximo, com oficinas no Centro Coreográfico do Rio, no bairro da Tijuca.
O festival objetiva apresentar a diversidade da dança contemporânea feita nas ruas, nas comunidades e em encontros artísticos. Um percentual das vagas está reservado para pessoas transgêneras e com deficiência (PCDs). O evento se estenderá até 22 de julho. Serão ao todo 280 vagas, distribuídas por 14 oficinas. Haverá também uma roda de conversa aberta ao público.
A curadoria é assinada pelos dançarinos Flora Baltz, idealizadora do projeto, e Romec, que têm vasta experiência em práticas corporais e carregam grande pluralidade artística. Flora disse à Agência Brasil que, no futuro, a ideia é tornar o festival itinerante. Romec afirmou que a intenção é percorrer diferentes regiões do país, realizando a cada ano o festival em um estado diferente.
“Mas a gente aproveitou a oportunidade do edital da prefeitura do Rio de Janeiro e vai oferecer três semanas de aulas gratuitas, de terça a sexta-feira, para dançarinos e profissionais da dança e, aos sábados, aulas abertas para o público em geral”, adiantou Flora. O projeto Em Movimento foi contemplado pelo Programa de Fomento Carioca – Foca 2022, da prefeitura do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura.
O festival contará com a participação de 13 professores facilitadores que são atuantes no Rio. Flora e Romec (Guilherme Andrade) idealizaram uma abertura ao evento para que professores possam apresentar suas próprias pesquisas no campo da dança. Dois exemplos são Renata Versiani, que dará oficina de Movimentação Singular, e Jacki Karen, que mostrará a Oficina Rebolativa, inspirada no funk.
A terceira semana do festival é dedicada a danças que surgiram no Rio em diferentes gerações. “A gente vai oferecer aulas de charme, dança que surgiu nos anos de 1980, na zona norte, aulas de passinho, que surgiu nos anos 2000, nas favelas cariocas, e o ritmo do funk”, disse Flora Baltz.
Abrindo espaço
Aos sábados, 50% das vagas são prioritárias para pessoas com deficiência. “A gente convidou professores que dão aulas pensando nessa abordagem de incluir pessoas com deficiência”, frisou. No primeiro sábado, a professora Moira Braga, cega, dará a oficina Consciência Corporal. Na semana seguinte, será a vez de Lilian Isídio ministrar a oficina de Dança Contemporânea. Ela estagia na Pulsar Companhia de Dança, voltada a pessoas com deficiência. Um tradutor e intérprete de libras estará presente para auxiliar deficientes auditivos inscritos nos encontros.
Durante a semana, 10% das vagas serão prioritárias para pessoas transgêneras. “A gente está querendo abrir esse espaço para que todas as pessoas se juntem em um espaço só”, salientou. A princípio, cada pessoa vai poder se inscrever em três aulas.