O Trabalho do Legislativo no Policialesco: O que Diz Alckmin sobre a CPI do MST
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) tem gerado grandes repercussões no país. O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, foi um dos que se pronunciou sobre o assunto, afirmando que o trabalho do Legislativo tem se tornado cada vez mais “policialesco”.
Em entrevista à imprensa, Alckmin disse que a CPI é uma forma de “perseguir” a organização dos trabalhadores sem terra, que luta pelo direito à terra e às melhores condições de vida para seus membros. Para ele, o papel do Legislativo é analisar as questões políticas e sociais, não apurar responsabilidades para punir e reprimir.
Além disso, o ex-governador destacou que o processo de investigação não tem se dado de forma isenta. Segundo ele, não houve qualquer esforço para ouvir outras partes envolvidas, como a organização dos trabalhadores sem terra ou o Ministério Público Federal. A CPI do MST tem sido uma iniciativa da Câmara dos Deputados, que tem se recusado a ouvir outras partes interessadas na causa.
Alckmin também destacou a falta de transparência da CPI, já que os documentos apresentados ao Legislativo são sigilosos, impossibilitando a fiscalização externa. Para ele, isso é uma forma de abafar o caso e dificultar a compreensão de eventuais irregularidades cometidas.
Geraldo Alckmin afirma que o objetivo da CPI não é analisar a questão fundiária, mas sim criminalizar o movimento dos trabalhadores sem terra. Segundo o ex-governador, a organização tem contribuído para o desenvolvimento do país há anos, lutando pela melhoria das condições de vida da população rural brasileira.
O ex-governador ainda enfatizou que a CPI tem gerado muito mais repercussões negativas do que positivas. Para ele, a investigação tem gerado mais conflitos entre as partes envolvidas, ao invés de ajudar a solucionar as questões fundiárias.
Ao final, Geraldo Alckmin concluiu que a CPI do MST é um exemplo claro de como o trabalho do Legislativo tem se tornado cada vez mais “policialesco”, e não tem contribuído para o desenvolvimento do país. Segundo o ex-governador, o Legislativo deveria se preocupar em discutir as questões fundiárias, não em punir e criminalizar os membros do MST.